O uso de fotografias na (re)construção da memória coletiva
o caso de Dundo, memória colonial, documentário de Diana Andringa
DOI:
https://doi.org/10.24310/fotocinema.30.2025.20578Palabras clave:
Cinema português, Documentário, Fotografia, Memória colonial, IdentidadeResumen
Este artigo visa analisar o uso de algumas fotografias no documentário Dundo, memória colonial (2009), da documentarista portuguesa Diana Andringa, nascida no Dundo, Angola, em 1947. O filme aborda o seu retorno à sua terra natal, acompanhada pela filha, após cinco décadas. Pertencentes à elite europeia local, o seu pai trabalhava como engenheiro de minas em uma empresa diamantífera e, posteriormente, tornou-se diretor geral, denotando os privilégios de raça e de classe que a família detinha naquele contexto colonial. Tal figura é recuperada em contextos que podem tanto funcionar para restabelecer sua memória, como também podem apontar para questões coloniais que ainda se encontram em aberto, dada a participação de antigos funcionários negros da empresa onde ele fora diretor. O documentário utiliza-se de fotografias que acabam por corroborar o ponto de vista da realizadora e a ajudam a refletir sobre questões relacionadas à sua identidade bem como à memória colonial.
Descargas
Métricas
Citas
Andringa, D. (22 de setembro de 2019). Considero indispensável a luta pela memória. Esquerda.net. https://www.esquerda.net/artigo/considero-indispensavel-luta-sobre-memoria/63445
Andringa, D. (Realizadora). (2009). Dundo, memória colonial [Filme]. LX filmes.
Barthes, R. (1984). A câmara clara: nota sobre a fotografia. Nova Fronteira.
Benjamin, W. (1996). Magia e Técnica, Arte e Política: Ensaios sobre Literatura e História da Cultura. Editora Brasiliense.
Bueno, A. de F. (2020). Tristes trópicos: memórias do colonialismo na obra de Diana Andringa. Scripta, 24(52), 261-285.
Cunha, P. e Campacci, L. (2023). Another story from Africa: decolonizing the archive, photography and cinema. Em S. Camacho, F. Rosário e A.B. Morais (Orgs.). Archives in ‘Lusophone’ film (pp. 91-104). Edições Húmus.
Domingues, M. (9 de setembro de 1919). Colonização. A Batalha.
Guzmán, P. (2017). Filmar o que não se vê: um modo de fazer documentários. Edições Sesc.
Macedo, I., Cabecinhas, R. e Abadia, L. R. (2013). Audiovisual post-colonial narratives: Dealing with the past in Dundo, Colonial Memory. Em R. Cabecinhas e L. R. Abadia (Orgs.). Narratives and social memory: theoretical and methodological approaches (pp. 159-174). CECS Universidade do Minho.
Pollak, M. (1992). Memória e identidade social. Estudos Históricos, 5, 200-212.
Sontag, S. (2004). Sobre Fotografia. Companhia das Letras.
Stock, R. (2018). Dundo, memória colonial: a postcolonial return and the documentary politics of history. Journal of African Cinemas, 10(3), 225-240. https://kops.uni-konstanz.de/handle/123456789/45572
Xavier, I. (2003). Cinema: revelação e engano. Em O olhar e a cena: Melodrama, Hollywood, Cinema Novo, Nelson Rodrigues (pp. 31-57). Cosac & Naify.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Márcio Aurélio Recchia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Todos los contenidos publicados en Fotocinema. Revista científica de cine y fotografía están sujetos a la licencia Creative Commons Reconocimento-NoComercia-Compartirigual 4.0 cuyo texto completo puede consultar en <http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0>
Se pueden copiar, usar, difundir, transmitir y exponer públicamente, siempre que:
- Se cite la autoría y la fuente original de su publicación (revista, editorial y URL de la obra).
- No se usen para fines comerciales.
- Se mencione la existencia y especificaciones de esta licencia de uso.
Los derechos de autor son de dos clases: morales y patrimoniales. Los derechos morales son prerrogativas perpetuas, irrenunciables, intransferibles, inalienables, inembargables e imprescriptibles. De acuerdo con la legislación de derechos de autor, Fotocinema. Revista científica de cine y fotografía reconoce y respeta el derecho moral de los autores/as, así como la titularidad del derecho patrimonial, el cual será cedido a la Universidad de Málaga para su difusión en acceso abierto. Los derechos patrimoniales, se refieren a los beneficios que se obtienen por el uso o divulgación de las obras. Fotocinema. Revista científica de cine y fotografía se publica en open access y queda autorizada en exclusiva para realizar u autorizar por cualquier medio el uso, distribución, divulgación, reproducción, adaptación, traducción o transformación de la obra.
Es responsabilidad de los autores/as obtener los permisos necesarios de las imágenes que están sujetas a derechos de autor.