Call For Papers para el nº 30- 2025: El Género Detrás de las Cámaras. Mujeres Fotógrafas Europeas

2022-10-07

Plazo de recepción de artículos entre el 1 y 30 de septiembre de 2024. Fecha de publicación: enero 2025.


Las mujeres han participado en el arte de la fotografía desde sus inicios. Se
sintieron atraídas por el medio, profesional y personalmente, encontrándolo eficaz y a su
alcance para ganarse la vida, así como de expresar ideas y sentimientos. Investigaciones
recientes han demostrado que la fotografía ofreció incluso a las mujeres menos barreras
que las artes visuales tradicionales, y a veces su reconocimiento fue más rápido que en
las otras artes.
Anna Atkins (1799-1871), considerada la primera fotógrafa del mundo, utilizó la
cianotipia con fines científicos e ilustró el primer fotolibro. Las famosas hermanas
Allen, estadounidenses, se hicieron muy conocidas y abrieron un estudio en 1901.
Muchas otras mujeres, como Julia Margaret Cameron (1815-1879), Frances Benjamin
Johnston (1864-1952), Dorothea Lange (1895-1965), Margaret Bourke-White (1904-
1971), Diana Arbus (1923-1971), Annie Leibovitz (n. 1949) Shirin Neshat (n.1957),
Francesca Woodman (1958-1981) or Lorna Simpson (n. 1961), forjaron su identidad y
su obra en un contexto social y cultural adverso, rompiendo tabúes y estereotipos.
Sin embargo, y como sugiere Naomi Rosenblum (2010), a pesar de ser
numerosas, la investigación histórica ha invisibilizado a las mujeres fotógrafas.
También la historiadora de fotografía Margarida Medeiros afirma que no se consideró
que las mujeres fotógrafas debieran entrar en la historia y, efectivamente, no lo hicieron
(2017).
En los últimos años, las fotógrafas de los países anglosajones y del norte de
Europa han sido objeto de cierta atención. No es el caso de las fotógrafas del sur de
Europa, aunque algunas exposiciones en Roma, Lisboa, São Paulo y Madrid han
mostrado a fotógrafas como Letizia Battaglia (1935-2022), Esther Ferrer (n. 1937),
Carmen Calvo (n. 1950) y Isabel Muñoz (n. 1951). En Oporto (2016), se expuso a la
pintora y fotógrafa Aurélia de Sousa (1866-1922) y actualmente se celebra otra muestra
sobre ella (MNSR, 2023). Las tesis universitarias y los nuevos estudios también
intentan superar la amnesia. La Fundación Calouste Gulbenkian prepara una gran
exposición en Lisboa en 2024 sobre la periodista María Lamas, en la que se mostrará su
obra fotográfica. Y, en marzo de 2023, se celebró una exposición de Luisa Ferreira (n.
1961) en el Museu do Neo-Realismo, en Vila Franca de Xira. Sin embargo, las
fotógrafas aficionadas y profesionales siguen en la sombra.
Este número de FotoCinema pretende descubrir aportaciones significativas de
mujeres fotógrafas europeas, abarcando especialmente la perspectiva de género, raza y
clase, pero también del cuerpo y la sexualidad. Mujeres fotógrafas, conocidas o poco
conocidas, así como aquellas de las que nunca se llegó a hablar en el arte de la
fotografía. También nos interesan las que han extendido sus prácticas fotográficas al
cine, ya que estas han estado históricamente infrarrepresentadas en la profesión. Por lo
tanto, consideramos la extensión de las prácticas fotográficas a otros medios, es decir,
formas de expresión que cruzan imagen, movimiento y sonido.

Así, se pretende trabajar sobre mujeres fotógrafas que han utilizado la fotografía
como medio de expresión, ya sea como aficionadas o profesionales, o incluso en
trabajos en grandes estudios de fotografía, cine, televisión o vídeo. También serán
bienvenidas las diferentes metodologías de la fotografía: desde el fotoperiodismo a la
fotografía de guerra, pasando por la fotografía de cine-documental, la fotografía de
calle, la fotografía de arquitectura, la fotografía colonial y post-colonial, la still
photography y las imágenes en movimiento.
Temáticas pretendidas:
- Mujeres fotógrafas en regímenes autoritarios;
- mujeres fotoperiodistas de guerra;
- mujeres viajeras;
- fotografía y cultura impresa;
- contextos feministas y nuevas conceptualizaciones del medio y de las prácticas
fotográficas;
- materialidades da fotografía y género;
- encuentros multimediales y materialidades;
- uso de las nuevas tecnologías y su influencia en el pasado y en el presente;
- movilidad colonial y migración; mujeres fotógrafas en el cine, la televisión y el vídeo;
- género, desigualdades en la profesión, poder y relaciones sociales;
- desafíos a los estereotipos de belleza y feminidad;
- reestructuración del retrato, el autorretrato, la representación de la figura y el paisaje; -
- exploración de identidades y experiencias coloniales;
- cuestiones en torno a la sexualidad y el empoderamiento;
- nuevas lecturas y contra historias.
Referencias bibliográficas:
- Calado, Jorge, Au Féminin, Women Photographing Women 1849-2009. Paris,
Centre Cuturel Calouste Gulbenkian,2009.
- Krasilovsky, Alexis, Women Behind the Camera: Conversations with Camera
Women. Westport, CT: Praeger Publishers, 1997.
- Marcoci, Roxana, Ourselves: Photographs by Women Artists. New York:
MoMA, 2022.
- “Margarida Medeiros: as mulheres fotógrafas “não era suposto entrarem na
História. E não entraram”. Delas. 2017 (online).
- Raymond, Claire, Women Photographers and Feminist Aesthetics. New York:
Routledge, 2017.
- Rosenblum, Naomi, A History of Women Photographers, New York, Abbeville
Press, 2010, 3ª ed.
- Tedesco, Marina Cavalcanti, “Mulheres atrás das camaras: a presença feminina
na direção da fotografia de longa-metragens ficcionais brasileiros”. Significação.
Revista de Cultura Audiovisual, v. 43 (46), p. 47 – 68, 2016.

- Women Film Pioneers Project. https://wfpp.columbia.edu/essay/women-as-
camera-operators-or-cranks/

 

 

CALL FOR PAPERS
O género atrás das câmaras. Mulheres fotógrafas europeias

As mulheres participaram na arte da fotografia desde os seus inícios. Foram
atraídas para o médium, profissional e pessoalmente, achando-o eficaz e ao seu alcance
para ganhar a vida, bem como para expressar ideias e sentimentos. Recentes
investigações mostraram que a fotografia ofereceu às mulheres menos barreiras do que
as artes visuais tradicionais e, por vezes, o seu reconhecimento até foi mais rápido do
que nas outras artes.
Anna Atkins (1799-1871), considerada a primeira fotógrafa do mundo utilizou o
cianótipo para fins científicos e ilustrou o primeiro fotolivro. As famosas americanas, as
irmãs Allen, tornaram-se conhecidas e abriram um estúdio em 1901. Muitas outras
mulheres como Frances Benjamin Johnston (1864-1952), Dorothea Lange (1895-1965),
Margaret Bourke-White (1904-1971), Diana Arbus (1923-1971), Annie Leibovitz (n.
1949) Shirin Neshat (n.1957), Francesca Woodman (1958-1981) ou Lorna Simpson (n.
1961), moldaram a sua identidade e o seu trabalho num contexto social e cultural
adverso, quebrando tabus e estereótipos. Contudo, e como sugere Naomi Rosenblum
(2010), apesar de numerosas, a investigação histórica tornou as mulheres-fotógrafas
invisíveis. Também Margarida Medeiros afirma que as mulheres fotógrafas não eram
supostas entrarem na história e não entraram (2017).
Nos últimos anos, as mulheres-fotógrafas dos países anglo-saxónicos e da
Europa do Norte têm sido objecto de uma certa atenção. Já o mesmo não acontece com
as mulheres fotógrafas da Europa do Sul, apesar de algumas exposições em Roma,
Lisboa, São Paulo e Madrid terem mostrado fotógrafas como Letizia Battaglia (1935-
2022), Esther Ferrer (n.1937), Carmen Calvo (n. 1950) e Isabel Muñoz (n. 1951). No
Porto (2016), mostrou-se a pintora e fotógrafa Aurélia de Sousa (1866-1922),
realizando-se actualmente sobre ela uma outra exposição (MNSR, 2023). Teses
universitárias e novos estudos tentam também superar amnésias. A Fundação Calouste
Gulbenkian prepara em Lisboa para 2024, uma grande exposição sobre a jornalista
Maria Lamas, que exibirá o seu trabalho fotográfico. E, em Março de 2023 decorreu no
Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, uma exposição de Luísa Ferreira (n.
1961). Contudo, as mulheres-fotógrafas amadoras e profissionais permanecem ainda na
sombra
Este número de FotoCinema pretende desocultar contribuições significativas de
mulheres fotógrafas europeias, abrangendo especialmente a perspectiva de género, raça
e classe, mas também do corpo e da sexualidade. Mulheres fotógrafas, conhecidas ou
pouco conhecidas, bem como aquelas que nunca chegaram a ser faladas na arte da
fotografia. Porém, também nos interessa as que estenderam as suas práticas fotográficas
ao cinema, pois estas têm estado historicamente sub-representadas na profissão. Por

isso, consideramos o alargamento das práticas fotográficas a outros media,
nomeadamente formas de expressão que cruzem a imagem, o movimento e o som.
Assim, pretendemos trabalhos sobre fotógrafas amadoras ou profissionais, que
têm utilizado a fotografia como meio de expressão ou, ainda, no trabalho em grandes
estúdios de fotografia, de cinema, de televisão ou trabalho em vídeo. São igualmente
bem-vindos os modos como as diferentes metodologias da fotografia foram utilizadas:
desde o fotojornalismo à fotografia de guerra, fotografia cine-documental, fotografia de
rua, fotografia de arquitectura, fotografia colonial e pós-colonial, still photography e
imagens em movimento.
Tópicos pretendidos:
- mulheres fotógrafas nos regimes autoritários;
- mulheres fotojornalistas de guerra;
- fotografia e cultura impressa;
- encontros multimediais e materialidades;
- contextos feministas, novas conceptualizações do medium e práticas fotográficas;
- materialidades da fotografía y género;
- mobilidade e migração coloniais;
- utilização de novas tecnologias e sua influência no passado e no presente;
- mulheres-fotógrafas no cinema, televisão e video; género, desigualdades na profissão,
poder e relações sociais;
- desafios aos estereótipos de beleza e feminilidade;
- a reestruturação do retrato, do auto-retrato e da representação da figura e da paisagem;
- exploração das identidades e vivências coloniais;
- questões em torno da sexualidade e dio empoderamento;
- novas leituras e contra-histórias.
Referências bibliográficas:
- Calado, Jorge, Au Féminin, Women Photographing Women 1849-2009. Paris,
Centre Cuturel Calouste Gulbenkian,2009.
- Krasilovsky, Alexis, Women behind the camera: conversations with camera
women. Westport, CT: Praeger Publishers, 1997.
- Marcoci, Roxana, Ourselves: Photographs by Women Artists. New York:
MoMA, 2022.
- Margarida Medeiros: as mulheres fotógrafas “não era suposto entrarem na
História. E não entraram”. Delas. 2017 (online).
- Raymond, Claire, Women Photographers and feminist aesthetics. New York:
Routledge, 2017.
- Rosenblum, Naomi, A History of Women Photographers. New York, Abbeville
Press, 2010, 3ª ed.
- Tedesco, Marina Cavalcanti, “Mulheres atrás das camaras: a presença feminina
na direção da fotografia de longa-metragens ficcionais brasileiros”. Significação.
Revista de Cultura Audiovisual, v. 43 (46), p. 47 – 68, 2016.

- Women Film Pioneers Project. https://wfpp.columbia.edu/essay/women-as-
camera-operators-or-cranks/

 

CALL FOR PAPERS
Gender behind the cameras. European women photographers

 

Women have taken part in the art of photography since its beginnings. Female
photographers were drawn to the medium, professionally and personally, as an effective
and accessible way to earn a living as well as to express ideas and feelings. Recent
research has shown that photography even offered fewer barriers and sometimes swifter
recognition to women than traditional visual arts.
Anna Atkins (1799-1871) considered the world's first woman photographer used
the cyanotype for scientific purposes and illustrated the first photobook. The famous
American Allen Sisters became well-known and opened a studio in 1901. Many other
women like Julia Margaret Cameron (1815-1879), Frances Benjamin Johnston (1864-
1952), Dorothea Lange (1895-1965), Margaret Bourke-White (1904-1971), Diana
Arbus (1923-1971), Annie Leibovitz (b. 1949) Shirin Neshat (b.1957), Francesca
Woodman (1958-1981) or Lorna Simpson (b. 1961), shaped their identity and their
work in an adverse social and cultural context, breaking taboos and stereotypes.
However, as Naomi Rosenblum (2010) argues, despite the large number of
women photographs, historical research rendered them invisible. As the photo historian
Margarida Medeiros points out, women photographers were not supposed to enter
history and indeed did not (2017).
Notwithstanding, in recent years women photographers from Anglo-Saxon
countries and Northern Europe have been the subject increasing attention. The same,
however, does not apply to women photographers from Southern Europe, although
exhibitions in Rome, Lisbon, São Paulo and Madrid have featured photographers such
as Letizia Battaglia (1935-2022), Esther Ferrer (b. 1937), Carmen Calvo (b. 1950) and
Isabel Muñoz (b. 1951). In Porto, the painter and photographer Aurélia de Sousa (1866-
1922) was shown (2016), and another exhibition of her work is currently being held
(MNSR, 2023). University dissertations and new studies are also attempting to
overcome this amnesia. The Calouste Gulbenkian Foundation is preparing a major
exhibition in Lisbon for 2024 on the journalist Maria Lamas (1893-1983), which will
include her photographic work. And currently, in March 2023, an exhibition by Luísa
Ferreira (b. 1961) is being held at the Museu do Neo-Realismo, in Vila Franca de Xira.
However, amateur and professional women photographers still remain in the shade.
This FotoCinema issue aims to uncover significant contributions from European
women photographers, covering especially the perspective of gender, race and class, but
also of the body and sexuality. Women photographers well known, little known or
entirely ignored in histories of photography. We are also interested in those figures who
extended their photographic practices to film since, historically, they have been under-
represented in the profession. Therefore, we will consider the extension of photographic

practices to other media, particularly forms of expression that cross image, movement
and sound.
Thus, we intend to publish articles on women photographers who have used
photography as a means of expression, either as amateurs or professionals, as well as on
those working in large photography, film, television or video studios.
We also welcome different methodologies of photography: from
photojournalism to war photography, film-documentary photography, street
photography, architectural photography, colonial and post-colonial photography, still
photography and moving images.
Intended topics:
- Women photographers in authoritarian regimes;
- women war photojournalists; women travellers;
- photography and print culture;
- multimedial encounters and materialities;
- feminist contexts and new conceptualisations of the medium and photographic
practices;
- fotographic materialities and gender;
- colonial mobility and migration;
- use of new technologies and their influence in the past and present;
- women-photographers in film, television and video; gender, inequalities in the
profession, power and social relations;
- challenges to stereotypes of beauty and femininity;
- the restructuring of the portrait, the self-portrait and the representation of the figure
and landscape;
- exploration of colonial identities and experiences;
- issues around sexuality; new readings and counter-histories.
Bibliographic references
- Calado, Jorge, Au Féminin, Women Photographing Women 1849-2009. Paris,
Centre Cuturel Calouste Gulbenkian,2009.
- Krasilovsky, Alexis, Women behind the camera: conversations with camera
women. Westport, CT: Praeger Publishers, 1997.
- Marcoci, Roxana, Ourselves: Photographs by Women Artists. New York:
MoMA, 2022.
- Margarida Medeiros: as mulheres fotógrafas “não era suposto entrarem na
História. E não entraram”. Delas. 2017 (online).
- Raymond, Claire, Women Photographers and feminist aesthetics. New York:
Routledge, 2017.
- Rosenblum, Naomi, A History of Women Photographers. New York, Abbeville
Press, 2010, 3ª ed.
- Tedesco, Marina Cavalcanti, “Mulheres atrás das camaras: a presença feminina
na direção da fotografia de longa-metragens ficcionais brasileiros”. Significação
– Revista de Cultura Audiovisual, v. 43 (46), p. 47-68, 2016.

- Women Film Pioneers Project. https://wfpp.columbia.edu/essay/women-as-
camera-operators-or-cranks/