Um Estranho em Goa, de José Eduardo Agualusa: um olhar transatlântico da identidade Goense

Autores/as

  • Rita Amorim Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Portugal
  • Raquel Baltazar CAPP (Universidade de Lisboa) Portugal

Palabras clave:

José Eduardo Agualusa, Estudos Transatlânticos, Literatura de viagens, Identidade, Goa

Resumen

Um Estranho em Goa (2000), de José Eduardo Agualusa, é um romance que nos transporta ao território indiano de Goa em busca de um Outro em reestruturação identitária vindo a revelar-se uma viagem da descoberta da individualidade. Este autor que se faz narrador/personagem apresenta um olhar transatlântico sobre a população Goesa que ao se encontrar em processo de construção da própria identidade cultural, questiona e reescreve o diálogo do «espaço simbólico da lusofonia» (Lourenço, 2001). Esta obra concretiza os hibridismos, aculturações, conflitos próprios de um espaço pós-colonial e a edificação de um povo que todavia anseia pela pátria espiritual. Pertencente ao género de literatura de viagens, o romance questiona a alteridade de um viajante que entrelaça a Índia e a África com Portugal e o Brasil.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Rita Amorim, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

Docente en Ciencias Sociales en la especialidad de Relaciones Internacionales en ISCSP-Universidade de Lisboa, donde es profesora auxiliar en el área de inglés para las ciencias sociales. Investigadora integrada en CAPP (FCT-ISCSP) en el Grupo de Sociedad, Comunicación y Cultura, como investigadora integrada de COMCid. Corresponsal de la Revista de Estudios Transatlánticos (TSN). Sus áreas de investigación se centran en estudios culturales y lingüísticos en el espacio Commonwealth y CPLP (Comunidad de Países de Lengua Portuguesa), periodismo literario, periodismo de viajes y estudios transatlánticos.

Raquel Baltazar, CAPP (Universidade de Lisboa)

Doctora en Estudios de Literatura y Cultura por la Facultad de Letras de la Universidade de Lisboa y profesora auxiliar en el área de inglés para las ciencias sociales y de expresión oral y escrita para estudiantes de Periodismo en el Instituto Superior de Ciencias Sociales y Políticas. Es vicepresidenta e investigadora integrada en CAPP (FCT-ISCSP) en el Grupo de Sociedad, Comunicación y Cultura y sus áreas de investigación se centran en la enseñanza del inglés y portugués, estudios culturales, lingüísticos y literarios, periodismo literario, periodismo de viajes y estudios transatlánticos.

Citas

Agualusa, J. E. (1997): Nação Crioula. Lisboa: Quetzal Editores.

—(2006): Passageiros em Trânsito. Lisboa: Quetzal Editores.

—(2007): Um Estranho em Goa. Lisboa: Biblioteca Editores

Independentes.

Augé, M. (1994): Não-lugares: Introdução a uma Antropologia da Sobremodernidade. (L. Mucznik, trad.). Lisboa: Bertrand.

Azevedo, V. (2014): «Memória e esquecimento: a reconstrução da identidade angolana na ficção de José Eduardo Agualusa», Mulemba, v. 1, n. 11, pp. 126-140. Rio de Janeiro: UFRJ.

Bakhtin, M. (1992): «O romance de educação na história do realismo», Estética da criação verbal. (M. E. Pereira, trad.), pp. 221-276. São Paulo: Martins Fontes.

Benjamin, W. (2003): «On the Concept of History», Walter Benjamin, Selected Writings. (E. Jephcott [et al.], trad.), vol. 4 (1938-1940). Cambridge: Harvard University Press.

Domingues, E. L. (2005): «Seis olhares sobre um estranho em Goa», Niterói, n. 19, pp. 105-122.

Ette, O. (2003): Literature on the Move. (K. Vester, trad.). Amsterdam/New York: Rodopi.

Giddens, A. (1990): The Consequences of Modernity, pp. 37-38. Cambridge: Polity Press.

Halbwachs, M. (2004): A memória coletiva. São Paulo: Edição Centauro.

Hall, S. (1996): «Cultural Identity and Diaspora», Contemporary Postcolonial Theory, pp. 110-121. London: Hodder Arnold.

Le Goff, J. (2003): História e memória. Campinas: Ed. Unicamp.

Lourenço, E. (2001): A nau de Ícaro e imagem e miragem da lusofonia. São Paulo: Cia. das Letras.

Maldonado-Torres, N. (2007): «On the coloniality of being: Contributions to the development of a concept», Cultural Studies, 21, 2-3, pp. 240-270.

Mata, I. (2006): «Estranhos em permanência: a negação da identidade portuguesa na póscolonialidade», Portugal não é um país pequeno: contar o império na póscolonialidade, pp. 285-315. Lisboa: Edições Cotovia.

—(2016): «Um estranho em Goa: viagem transitiva a um Oriente em demanda», Via Atlântica, n. 30, pp. 131-149. São Paulo.

Patrick, H., & Graham H. (2007): Tourists with Typewriters: Critical Reflections on Contemporary Travel Writing. Michigan: The University of Michigan Press.

Rocha, D. (2017): «Nós somos portugueses. Portugueses da Índia: Identidade Póscolonial em Um Estranho em Goa (2000), de José Eduardo Agualusa», Mulemba, v. 9, n. 16, pp. 66-85. Rio de Janeiro: UFR.

Said, E. (2004): Orientalismo: Representações Ocidentais do Oriente. (P. Serra, trad.). Lisboa: Livros Cotovia.

Salgado, M. T. (2000): José Eduardo Agualusa: uma ponte entre Angola e o mundo. In África & Brasil: letras em laços, pp. 175-196. Rio de Janeiro: Atlântica.

Sampaio Melo, F. J. (2006): «A ambiguidade do discurso colonial: Um estranho em Goa, de José Eduardo Agualusa», Letras de Hoje, v. 41, n. 3, pp. 111-116. Porto Alegre.

Silva, M. (2015): «Anu. Lit. Florianópolis», v. 20, n. 1, pp. 213-227.

http://dx.doi.org/10.5007/2175-7917.2015v20n1p213

Descargas

Publicado

2019-12-01

Cómo citar

Amorim, R., & Baltazar, R. (2019). Um Estranho em Goa, de José Eduardo Agualusa: um olhar transatlântico da identidade Goense. TSN Transatlantic Studies Network, (8), 57–63. Recuperado a partir de https://revistas.uma.es/index.php/transatlantic-studies-network/article/view/19525