Os movimentos metafísicos da Filosofia Portuguesa Contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.24310/Metyper.2022.vi27.14202Palabras clave:
metafísica, filosofia portuguesa, panteísmo, pantiteísmo, teísmoResumen
Este artigo tem como objetivo identificar no pensamento português contemporâneo as suas principais correntes metafísicas e os filósofos a elas associados. Procura, igualmente, caracterizar a especificidade da filosofia portuguesa no contexto europeu, que se traduz na sua teoria da saudade e na tradicional relação umbilical com a literatura e a teologia, nomeadamente, na forma poética e na expressão mística ou espiritual. Assumindo a íntima união entre a razão e a emoção, a razão e a fé, o entendimento e a experiência, a metafísica portuguesa está centrada nas noções de Mistério e Excesso e procura uma incessante superação dos monismos panteístas e dos dualismos deístas. O resultado traduz-se na assunção de três vias fundamentais: a metafísica da cisão e da restauração fundada no pantiteísmo emanatista da união divina impessoal; a metafísica da queda e da redenção, fundada no teísmo da união divina pessoal; a metafísica da criação e da manifestação, fundada no teísmo criacionista da transcendência imanente sob as formas de comunhão pessoal e plenificação universal.
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